Aldeias Trasmontanas
Fartura de Congressos
/ resultados….
Na última edição do Semanário “A Voz de Trás-os-Montes” encontramos referências
a quatro iniciativas relacionadas com as aldeias e o Mundo Rural:
§
A Convenção Europeia da Montanha, Chaves, 14 e
15 de Setembro;
§
Murça
esteve representada na Hungria no Congresso “ O futuro dos rios e cursos de
água no mundo rural europeu”;
§
Em Macedo
de Cavaleiros realizaram-se as “ I Jornadas Ibéricas de Recuperação de Aldeias
Abandonadas” 22 a 24 de Setembro;
§
Em Boticas no 29 de Setembro haverá um Simpósio
Internacional “Inovação e Identidade no Desenvolvimento Rural”.
Nunca como
hoje o Mundo Rural foi tão debatido e as suas temáticas envolventes tratadas
com tanto rigor e empenho por ilustres especialistas nacionais e estrangeiros.
Será que
este esforço, de louvar e aplaudir, dos organizadores e dos participantes terá
resultados consequentes para as aldeias e as suas populações?
Será que a
resposta para os nossos problemas e necessidades se encontra em projectos e
exemplos Europeus descontextualizados e inadaptados à especificidade da nossa
região Trasmontana, do nosso clima, da nossa cultura, das nossas tradições e
sobretudo do imaginário que povoa a mente do homem rude e agreste das nossas
montanhas.
Em
Trás-os-Montes “apenas” necessitamos de valorizar as características e
autenticidade do nosso território dando visibilidade aos elementos de base:
- Os
Espaços naturais verdadeiramente preservados.
- As
Paisagens protegidas.
- O
Património arquitectural cuidadosamente valorizado.
- Os
produtos locais de qualidade e a gastronomia típica.
- O
artesanato origina l e criativo.
- As
tradições e as práticas culturais guardadas ao longo dos tempos.
- Oferta de um vasto leque de
actividades de lazer que explorem os pontos de atracção turística, sem os
desvirtuar.
- Organizar itinerários de
visita origina is, ao encontro de
paisagens, locais e monumentos que mantêm a sua autenticidade.
-
Privilegiar, sempre, as relações com a população local.
As aldeias
têm que ter gentes e vida própria só assim conseguiremos preservar um passado
histórico ancestral, bem demarcado nos hábitos e costumes primitivos que ainda
mantêm a chama da tradição com legados que andam de boca em boca. Só assim se
conseguirá pôr em evidência a identidade de um povo serrano, fiel aos seus usos
e costumes, labutando dura e teimosamente numa área algo rude e aparentemente
hostil, mas com recursos de excelente qualidade e genuidade, sobrevivendo em
harmonia e equilíbrio com a Natureza.
Qualquer
intervenção terá que ter em conta a melhoria da qualidade de vida das
populações e a preservação das condições naturais existentes.
Estas
causas têm que ser colectivas, em especial daqueles, entre os quais me incluo,
que tiveram a fortuna e a felicidade de terem nascido numa aldeia de
Trás-os-Montes, num reino de liberdade para homens, animais e plantas, e… por
lá continuam, como diz Miguel Torga no seu Diário, “ a receber ordens dos seus antepassados”, para que a citação do
escritor castelhano Júlio Llamazares não seja eternamente correcta:
“Haverá no Mundo terra
mais pobre que esta? - Sim. Trás-os-Montes, em Portugal”
Qual foi o resultado das I Jornadas Ibéricas de Recuperação de Aldeias Abandonadas? surgiram projectos novos de recuperação de aldeias? gostava de poder juntar-me a uma grupo de pessoas com a mesma filosofia de ecologia, autosuficiencia e recuperação do meio rural e dar vida a coisas =)
ResponderEliminaragradecia informação.
grates