quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Turmas EFA à descoberta de Vila Real


Turmas EFA à descoberta da cidade
No dia 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança, fomos realizar uma visita ao Jardim da Carreira e áreas circundantes.
Iniciamos a visita pelo Convento de São Francisco actuais instalações da G.N.R., fundado em 1573.
Na rotunda em frente apreciamos um vistoso padrão ornamentando um pequeno canteiro.
Entramos na rua da Carreira de Baixo, actual avenida Almeida Lucena, logo vimos muitos jovens do curso de economia da UTAD à porta do belíssimo edifício de São Francisco, imponente construção que também já serviu de quartel ao Regimento de Infantaria nº13.
A meio da rua ficamos deslumbrados com a fonte construída em 1738 e financiada por El- rei Dom João V. Ao centro apresenta o brasão com as armas reais e no cimo uma magnífica imagem de Nossa Senhora da Conceição. Aqui matavam a sede pessoas e animais que entravam e saíam da  urbe.
Na extremidade sul da rua, à nossa direita apreciamos um nicho com a imagem de Santo António da Carreira, onde muitos vila-realenses colocam inúmeras velas a arder em sua devoção. Em frente oramos na pequena Capelinha do Senhor da Cerca, mesmo ao lado do imponente prédio do Arquivo Distrital.
Viramos à direita e entramos no majestoso Jardim da Carreira. Desde os finais do Século XIX  serviu de lugar de descanso e lazer à sociedade Vila-realense, que escutava  entusiásticos concertos de Bandas de Música, que tocavam ao despique nos coretos, enquanto as crianças brincavam à volta das tílias e do repuxo central.
O Jardim da Carreira é rematado com uma fonte monumental.


No centro deste espaço aprazível, paramos junto ao pedestal onde pousa o busto de Camilo Castelo Branco elaborado em 1926 com o bronze derretido dos velhos sinos da Igreja de Vila Marim.
Camilo é um dos nossos, diz-nos o escritor que foi em Vila Real onde passou os “mais felizes anos da sua vida”.
Aqui viveu e conviveu, andou à caça, ajudou à missa, foi pastor, jogou à bisca nas tabernas e também armou zaragatas. Em 1848 considerou Vila Real a “sua pátria adoptiva”, mandando mesmo construir uma sepultura no cemitério da Igreja  do Carmo, que escolhera para sua ultima  morada.
Subimos a rampa do Calvário, espreitamos através do portão do Paço Episcopal o túmulo destinado a Camilo Castelo Branco. Chegamos  então à zona mais elevada da cidade, entramos no adro da Igreja do Calvário. Templo construído em 1680, ampliado em 1740, e remodelado em 1803, cujo  largo envolvente foi somente ajardinado e calcetado na última década.
O recinto do Calvário é um deslumbrante miradouro. A norte, temos o campo de Futebol, que nos recorda as jornadas épicas e gloriosas dos atletas alvi-negros do Sport Club de Vila Real.
A nascente, num plano inferior temos o Jardim da Carreira. Mais ao longe a ponte metálica e a estação dos comboios rematada ao fundo pelo santuário da Senhora de Lurdes. Mais distante, sobre a esquerda encontramos as terras de Mateus e Abambres, limitadas, desde a Idade Média,  pelos lameiros da Redonda.
Fomos ainda ao largo Diogo Cão, o primeiro navegador europeu a passar para sul do Equador chegando à foz do rio Zaire. Descobridor que assinalava  a sua passagem pelas terras africanas, colocando padrões.
Com Diogo Cão na memória terminamos esta jornada, regressando mais ricos, mais cultos,  mais amigos e mais solidários à nossa escola que se orgulha de ter este ilustre transmontano como patrono.   

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