Turmas
EFA à descoberta da cidade
No dia 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança, fomos
realizar uma visita ao Jardim da Carreira e áreas circundantes.
Iniciamos a visita pelo
Convento de São Francisco actuais instalações da G.N.R., fundado em 1573.
Na rotunda em frente
apreciamos um vistoso padrão ornamentando um pequeno canteiro.
Entramos na rua da Carreira
de Baixo, actual avenida Almeida Lucena, logo vimos muitos jovens do curso de
economia da UTAD à porta do belíssimo edifício de São Francisco, imponente
construção que também já serviu de quartel ao Regimento de Infantaria nº13.
A meio da rua ficamos
deslumbrados com a fonte construída em 1738 e financiada por El- rei Dom João V.
Ao centro apresenta o brasão com as armas reais e no cimo uma magnífica imagem
de Nossa Senhora da Conceição. Aqui matavam a sede pessoas e animais que
entravam e saíam da urbe.
Na extremidade sul da rua, à
nossa direita apreciamos um nicho com a imagem de Santo António da Carreira,
onde muitos vila-realenses colocam inúmeras velas a arder em sua devoção. Em
frente oramos na pequena Capelinha do Senhor da Cerca, mesmo ao lado do
imponente prédio do Arquivo Distrital.
Viramos à direita e entramos
no majestoso Jardim da Carreira. Desde os finais do Século XIX serviu de lugar de descanso e lazer à
sociedade Vila-realense, que escutava entusiásticos concertos de Bandas de Música,
que tocavam ao despique nos coretos, enquanto as crianças brincavam à volta das
tílias e do repuxo central.
O Jardim da Carreira é
rematado com uma fonte monumental.
No centro deste espaço
aprazível, paramos junto ao pedestal onde pousa o busto de Camilo Castelo
Branco elaborado em 1926 com o bronze derretido dos velhos sinos da Igreja de
Vila Marim.
Camilo é um dos nossos,
diz-nos o escritor que foi em Vila Real onde passou os “mais felizes anos da sua vida”.
Aqui viveu e conviveu, andou
à caça, ajudou à missa, foi pastor, jogou à bisca nas tabernas e também armou
zaragatas. Em 1848 considerou Vila Real a “sua
pátria adoptiva”, mandando mesmo construir
uma sepultura no cemitério da Igreja do
Carmo, que escolhera para sua ultima
morada.
Subimos a rampa do Calvário,
espreitamos através do portão do Paço Episcopal o túmulo destinado a Camilo
Castelo Branco. Chegamos então à zona
mais elevada da cidade, entramos no adro da Igreja do Calvário. Templo
construído em 1680, ampliado em 1740, e remodelado em 1803, cujo largo envolvente foi somente ajardinado e
calcetado na última década.
O recinto do Calvário é um
deslumbrante miradouro. A norte, temos o campo de Futebol, que nos recorda as
jornadas épicas e gloriosas dos atletas alvi-negros do Sport Club de Vila Real.
A nascente, num plano
inferior temos o Jardim da Carreira. Mais ao longe a ponte metálica e a estação
dos comboios rematada ao fundo pelo santuário da Senhora de Lurdes. Mais
distante, sobre a esquerda encontramos as terras de Mateus e Abambres, limitadas,
desde a Idade Média, pelos lameiros da
Redonda.
Fomos ainda ao largo Diogo
Cão, o primeiro navegador europeu a passar para sul do Equador chegando à foz
do rio Zaire. Descobridor que assinalava a sua passagem pelas terras africanas,
colocando padrões.
Com Diogo Cão na memória
terminamos esta jornada, regressando mais ricos, mais cultos, mais amigos e mais solidários à nossa escola
que se orgulha de ter este ilustre transmontano como patrono.
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