quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Turmas EFA - Diogo Cão - Vila Real




Cursos EFA Escola Diogo Cão – Vila Real

Visita de estudo ao grande Porto, Aveiro e Cerâmica da Vista Alegre.

No dia 9 de Fevereiro os formandos e formadores dos cursos EFA foram, mais uma vez, conviver e alargar horizontes de acordo com os princípios orientadores deste tipo de formação.
Pelas 8.30h aconteceu a partida da capital transmontana, do largo do Seixo,  em autocarro da empresa Tâmega, rumando de seguida à IP4 com destino ao litoral.

Calcorreados poucos quilómetros  entramos “naquele vale verde – verde, verde – de campinhos de milho – que os castanheiros aconchegam”, como descreve a Campeã a escritora Luísa Dacosta.

  Rompemos o Marão no Alto do Espinho. Deixamos Trás-os-Montes e prosseguimos no Douro Litoral. Apreciamos as obras da nova auto-estrada, reparando nas entradas e saídas do famoso túnel, o tal que todos aguardamos  que em breve seja escavado o  restante miolo.

Como um milhafre  voamos a pique em direcção à princesa do Tâmega dando então início a um percurso mais plano pelas terras do Vale do Sousa, Penafiel e Paredes.

 Atravessamos os vinhedos da quinta da Aveleda, observando os bardos  mais altos que os nossos, que produzem o afamado verde que Eça de Queiroz  aconselha  servir-se “do alto de uma infusa”.

 Ultrapassamos a serra de Valongo de xisto e ardósia que bem conhecemos pelas nossas bandas e nos recorda os ponteiros e lousinhas da primária.

Entramos  no grande Porto, mais trânsito, mais gente, mais fábricas, mais movimento, temperaturas mais suaves mas também mais stress, mais confusão e maior dificuldade no cumprimento dos horários.

Chegamos ao aeroporto de Pedras Rubras, sentimos a azáfama da chegada e das partidas, fomos cúmplices das emoções de despedidas saudosas, assim como dos rostos risonhos daqueles que regressavam.

Passamos pela refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira. Logo depois encontramos  o mar, magestático, assustador, imenso com gaivotas, barcos e pescadores.
Encostada na rocha, a ouvir-lhe os segredos, a Casa de Chá desenhada pelo Arquiteto Siza Vieira, o farol, a praia, o porto de Leixões, curiosos paquetes de luxo e muitos navios cargueiros, com madeira, pedra, ferro e caixotes a que chamam contentores.

Entramos nos territórios azuis e nobres da cidade do Porto; o castelo do Queijo, os Jardins do Passeio Alegre  a Foz do rio Douro, onde também chegam as águas do rio Corgo, que depois de passarem pelo Codessais o Tarragido e a Ínsua finalmente encontram o oceano Atlântico.

Passamos pela Ribeira, atravessamos a ponte metálica de D. Luís.  No Cais de Gaia fizemos uma pequena paragem junto aos grandes armazéns onde  se guardam as pipas de vinho fino que pisamos nos lagares da Ermida e Alvações, que também vimos carregar em barcos Rabelos no Cais da Régua e do Pinhão, aqui aguardam a partida em navios de maior capacidade para as terras da Grã-Bretanha e para todo o mundo.

A jornada continuou por Espinho, cidade gémea de Vila Real , onde os “Tigres” equipam como o nosso “Sport Club”. Passamos por Ovar a tal doca  de onde chegam as sardinhas que a nossa avó tanto apreciava, dizendo: “são de comer e de regalar”.

Mais a Sul avistamos o rio Vouga com diversos canais serpenteando pela ria. Barcos moliceiros com vistosas decorações continuam a exercer a dupla tarefa de apanhar algas, que vão fertilizar os campos, e pescar peixinhos.

Alcançamos finalmente Ílhavo, a fábrica da Vista Alegre que desde 1824 é o símbolo maior da cerâmica portuguesa.  Convivemos com a sua história e a sua actividade, verificamos como de um simples pedaço de barro, mãos prodigiosas elaboram peças únicas que enfeitam a nossa mesa e decoram as vitrines das nossas casas.

Agradecemos aos profissionais da Vista Alegre a lhanesa como nos receberam, o almoço e a mesa que connosco partilharam, os valores de trabalho, organização e método que nos transmitiram, assim como o grande orgulho  que têem  nesta empresa quase bicentenária, que desde a sua fundação sempre defendeu as melhores condições e direitos dos colaboradores, com o pioneirismo de criar uma biblioteca, uma creche, uma banda de música, um grupo de teatro, uma escola, uma oficina de lavores, um corpo de bombeiros e uma capela.

Deixamos uma palavra de gratidão para o senhor Diretor da Escola Diogo Cão, professor José Maria Magalhães,  para todos os elementos da direção e formadores que tornaram possível a concretização desta  inolvidável jornada de cultura e formação. 


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